A Apendicite Aguda é um espectro de patologia abdominal, caracterizada pela inflamação do apêndice vermiforme, sendo uma indicação cirúrgica muito comum em pacientes jovens.
O metódo diagnóstico mais sensível é a Tomografia Computadorizada. No entanto, a Ultrassonografia tem se destacado como uma alternativa em alguns casos.
As grandes vantagens do método ecográfico são seu baixo custo, a ausência de radiação ionizante e a facilidade de acesso, onde o diagnóstico precoce é fundamental!
Seus achados principais incluem o aumento de diâmetro externo (>6mm) e paredes estratificadas maiores que 3mm (edema da submucosa). O preenchimento deste órgão tubular por líquido ou apendicolito apontam também para a apendicite aguda.
Durante o exame, pode ser avaliada a vascularização através do método Doppler (aumentando a especificidade dos achados), devendo-se atentar que estágios necróticos podem levar a ausência de fluxo.
Os maiores obstáculos da Ultrassonografia são os casos de apendicite retrocecal, perfurado ou focal. Estas situações associadas a um exame sem a qualidade técnica adequada, em pacientes obesos ou com acentuada distensão abdominal, podem levar a um maior número de erros diagnósticos.
O trabalho de Birnbaum e Wilson (2000) mostra uma sensibilidade de até 89% e especificidade entre 95% e 100% para a Ultrassonografia como método diagnóstico. Portanto, com o profissional adequado, o ultrassom revela-se uma excelente opção para identificar e avaliar esta doença.
Fonte: Birnbaum BA, Wilson SR. Appendicitis at the millennium. Radiology 2000.
Dr. Bruno Alberto Falcão Pereira
Médico em Radiologia e Diagnóstico por Imagem
CRM-PA 9670 | RQE 3396