Vários artigos demonstram a importância da Tomografia Computadorizada dentre os métodos que ajudam no diagnóstico da COVID-19.
Um estudo de comparação da técnica molecular do exame RT-PCR com a TC de Tórax mostrou uma sensibilidade de 97% da TC de Tórax na detecção da COVID-19. A análise serial apontou, ainda, que até 93% dos pacientes obtiveram alterações iniciais tomográficas de pulmão antes de resultados positivos do RT-PCR. Assim como 42% dos pacientes apresentaram melhora clínica e no padrão de alterações pulmonares na TC de Tórax antes do exame RT-PCR.
As alterações costumam aparecer mesmo com o resultado negativo nos primeiros exames de sangue. Além disso, alguns pacientes sem sintomas respiratórios também podem apresentar alterações no pulmão.
O reconhecimento e o isolamento precoces de pacientes com COVID-19 são de suma importância no controle da pandemia, especialmente naqueles com RT-PCR falso negativo ou sem sintomas. Embora a opacidade em vidro fosco bilateral e a consolidação tenham sido relatados como as características predominantes da imagem na COVID-19, as manifestações da Tomografia no Tórax podem variar em diferentes pacientes e estágios.
Após o diagnóstico, não há sentido em fazer TC seriadas, expondo o paciente a doses de radiação em curto espaço de tempo. Devemos ter cautela e submeter ao exame somente os casos em que pode haver uma piora que necessite de internação ou agravamento de pacientes já internados.
Um olhar preciso e cuidadoso do Radiologista faz toda a diferença no diagnóstico da doença!
